sábado, 25 de fevereiro de 2012

sharing the secret

oi, meninas!

faz um tempinho que eu não posto nada, por puro desânimo mesmo. andei comendo feito uma obesa há 2 dias e tenho certeza que engordei. por isso mesmo resolvi fazer até o fim desta semana uns mini-nf, não passando de 150 calorias, um quase low food, enfim.
pois bem, indo direto ao ponto: tava andando sem rumo pelas redes sociais, e descobri um filme (que na realidade é uma série, mas aglutinada formou um filme), tratando da mia. já devem ter visto o thin, não? o thin  é real, fala de moças bulímicas e anoréxicas em um hospital e todo o tratamento médico-psicológico. é meio boring em comparação ao sharing the secret.
em tradução livre, quer dizer partilhando o segredo. fala a história de uma moça, bailarina, com 14 anos que há três vem praticando o taldo purging (ela come e vomita, só) e é uma verdadeira thinspo. só que ela passa mal, fica anêmica e enfim, a história se passa no caminho entre ela tentando falar da bulimia pra família até a internação. o filme é difícil de achar e só está disponível em inglês, sem legendas. se não falam bem a língua, tentem ver as cenas pelo menos, é realmente como nós (ou pelo menos eu) fazemos todo o ato de comer, vomitar, jejuar e fingir que tudo está ótimo e que estamos bem.
 o filme me fez chorar, me deixou meio bad, porque se a minha mãe descobrir as coisas nojentas que eu faço pra emagrecer, ela vai ficar triste. e eu não quero ela triste, embora ela me deixe triste o tempo todo. mas não é culpa dela, não é culpa de ninguém. eu sou a mia, o que fazer? não quero tratamento, não preciso de tratamento, não sou doente, os doentes são os outros. outra reflexão legal que o filme traz é quanto a nossa sensibilidade. talvez, nós, bulímicas sejamos mais sensíveis que os outros e achamos que tudo é culpa nossa e acabamos descontando na comida e depois vomitando e nos cortando. é um vício. tenho vergonha, acho que nunca ninguém (a não ser vocês) vai saber da minha condição. não quero incomodar ninguém com os meus problemas. ninguém é obrigado a me ouvir, a não ser eu mesma. é gritar, desesperar, chorar e se matar, só que em silêncio. nós fingimos tanto, que nem sabemos mais o que sentimos.
 fiquem fortes, fiquem bem, coragem!


             

Um comentário:

  1. Não desanima não meu anjoe tenho que diser que me identifiquei tanto com seu post..
    exatamente o que sinto e penso também..
    bjos

    ResponderExcluir